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Combate a irregularidades no setor de saúde

Combate a irregularidades no setor de saúde
31/08/2021



Por Paulo Gomes, diretor-geral do Instituto dos Auditores Internos do Brasil

 

A mídia tem dado luz a uma série de denúncias sobre irregularidades na área da saúde. A bola da vez está relacionada à negligência no tratamento de doentes com a Covid-19, seja por falta de recursos apropriados, insumos e profissionais de saúde, seja sobre casos de vacinação clandestina ou fura-fila.  Neste momento tão dramático da pandemia em vários estados, apurações apontam indícios de ilicitudes.

 

Apesar do inegável avanço da medicina mundial acerca da prospecção de novos imunizantes para os surtos virais do século 21, a corrupção tem sido uma velha conhecida da nossa sociedade. A título de comparação, a febre amarela, que surgiu em meados do século 19, só fora contida décadas depois, com a chegada da vacina no Brasil em 1940. Já no século passado, a varíola, que ceifou 300 milhões de vidas no planeta, foi erradicada em solo brasileiro em 1977.

Para lá de antiquada, a corrupção e suas variantes se desenvolvem livremente em nosso solo, cravando o Brasil a cada ano em posições não invejáveis no Índice de Percepção de Corrupção (IPC), da Transparência Internacional, hoje na 106º posição, segundo dados de 2020.  

 

Diariamente surgem aproveitadores e oportunistas prontos a cometerem fraudes ou atitudes ilícitas, em todas as esferas da sociedade, pública ou privada. Na área da saúde, a Comissão Especial de Gastos com a Covid-19 sugeriu ano passado que R$ 700 milhões dos R$ 2,3 bilhões levantados para o enfrentamento à pandemia estão sob suspeita de desvios, segundo investigações do Ministério Público Federal.

 

Em meio à pior crise sanitária do século, torna-se imprescindível o combate à corrupção administrativa. A implementação prévia de uma política de governança moderna e robusta é a única solução para evitar qualquer tipo de ação irregular. Esse trabalho deve ser monitorado por profissionais de auditoria interna, respaldados por atos normativos, decretos e procedimentos formais. Os desvios identificados poderão servir como evidências para que as áreas competentes possam punir e mitigar esse tipo de ilicitude que desvia os recursos já escassos na saúde pública de todo o país.

 

A integração de uma equipe independente também é capaz de garantir a implementação de um mecanismo que seja seguido à risca. Com o objetivo de monitorar os critérios para arbitrar e avaliar riscos, esse montante profissional averigua o surgimento de novas irregularidades, causadas por ideologias ou interesses ilícitos, aliados a projetos antidemocráticos e pessoais de poder.

 

Aliado no combate à corrupção em qualquer setor da sociedade e economia de forma atemporal, o auditor interno atua como guardião da ética e boa conduta também neste momento tão delicado de trato à pandemia. Além disso, cabe ao devido profissional ser um agente transformador que identifica oportunidades de redução de despesas e sugere novas fontes de receitas, por meio de soluções criativas, rápidas e eficazes. Tudo isso para diminuir os tão inegáveis prejuízos que essa pandemia vem causando.

 

 

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