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ESG e o papel da Auditoria Interna

ESG e o papel da Auditoria Interna
25/05/2021



Por Juliano Berton - Diretor-secretário do IIA Brasil

 

Na última década, houve um tremendo aumento no interesse proveniente do setor financeiro ao ESG.  Com mais de 90% das maiores empresas apresentando relatórios de sustentabilidade (85% do S&P 500), os dados são abundantes.  Mas isso não é novo.  A novidade é o interesse em usar as informações para decisões de investimento.  Um estudo feito pela Universidade de Oxford informou que mais de 80% dos investidores convencionais agora consideram as informações 'ESG' - ambientais, sociais e de governança - ao tomar decisões de investimento.  E os números são atraentes - globalmente, há agora algo em torno de 22,89 trilhões de dólares em ativos sendo gerenciados profissionalmente sob estratégias de investimento responsável, um aumento de 25% desde 2014. Este número é tão grande que precisa de contexto - excede o produto interno bruto dos EUA.

Essa mudança de pensamento não se limita aos investidores.  Pelo menos em parte, o rápido crescimento nos relatórios ESG reflete mudanças nas expectativas dos consumidores e do público em geral.  Já se vê dois cenários que podem levar a consequências financeiras e de reputação significativas para as organizações: não fornecer relatórios ESG adequados e publicar relatórios ESG incompletos, imprecisos ou não confiáveis.  Em ambos os casos, a auditoria interna pode e deve desempenhar um papel significativo na prevenção de tais cenários indesejáveis.

Como o nome sugere, ESG cobre três categorias amplas:

Ambiental - riscos e oportunidades em torno das emissões de gases de efeito estufa, uso da água e resíduos e poluição.  Esta categoria se concentra tanto nas saídas (o que e quanto a organização produz) quanto nas entradas (a sustentabilidade dos recursos de que a organização precisa para alimentar seus processos).  Por exemplo, um produtor de bebidas pode estar preocupado com a disponibilidade suficiente de água doce em longo prazo, ao mesmo tempo em que está ciente de quaisquer subprodutos ambientalmente indesejáveis ​​de seus processos de produção.

Social - riscos e oportunidades em torno das relações dos funcionários, diversidade, saúde e segurança e apoio à comunidade.  Os funcionários, incluindo aqueles que trabalham para terceiros, são tratados com justiça?  Eles recebem salários justos?  As condições de trabalho são seguras e livres de perigos desnecessários?  Como a organização impacta e / ou apoia a comunidade local?

Governança - riscos e oportunidades em torno dos direitos dos acionistas, diversidade do conselho, tomada de decisões éticas e dissuasão da corrupção e do suborno.  Cada vez mais, os investidores ativistas procuram organizações que ganhem dinheiro enquanto mantêm a transparência e os elevados padrões éticos.  Organizações globais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico estão especialmente focadas em mitigar a corrupção e o suborno em todo o mundo.

 

Alinhados a estas categorias já é possível ver nas grandes organizações a implantação de sistemas de controles profissionais sobre os processos ESG, ou seja, controles sobre a informação não financeira. Já adotando, em alguns casos, matrizes semelhantes a SOX utilizada para a informação econômico-financeira. Criando assim um cenário propício para a Auditoria Interna aportar valor devido a sua vasta experiência em asseguração e visão holística dos negócios.

 

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