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ÉTICA, auditados e auditores

ÉTICA, auditados e auditores
03/08/2021



Por Marcos Albuquerque Peixoto*

 

O tema da ética tem ganhado relevância em contexto empresarial, sendo inúmeros os artigos que têm vindo a ser publicados sobre o mesmo. Não se tratando de ciência exata, a questão ética comporta alguma subjetividade, influenciada também pelos nossos diferentes contextos, traços de personalidade e caráter. O que está bem para mim pode não ser interpretado da mesma forma pelo outro, e vice-versa. No entanto, a ética tem por base um conjunto de valores que tendem a ser intemporais e pouco negociáveis: justiça, transparência, verdade e honestidade.

 

A existência de Códigos nas organizações visa consolidar uma cultura de integridade, de respeito, divulgar valores e princípios, aumentar a confiança entre todos, uniformizar condutas e criar uma consciência coletiva do que é esperado e valorizado. Esta existência não garante o seu cumprimento. Mais do que ter um Código, é fundamental ter exemplos de comportamento. A ética traduz-se em valores que não podem ser herdados, têm de ser vividos e implementados através de escolhas diárias. Ética é o que se faz e não o que está escrito.

 

Por outro lado, condutas incorretas vão sempre existir, fazem parte da característica humana e nem sempre a experiência profissional conduz a comportamentos éticos. Por vezes, conjunturas de dificuldade ou condicionantes particulares desfavoráveis podem conduzir às piores decisões. Neste contexto, observa-se que algumas situações de fraudes internas são cometidas por Colaboradores já há algum tempo na empresa e que detinham uma forte imagem cumprimento.

 

No aspeto particular da auditora interna, existe um referencial rigoroso que deve ser respeitado por parte dos auditores. Ao auditor muito é permitido, mas pouco é conveniente, no entanto, somente um comportamento adequado pode gerar respeito por parte dos auditados, e só assim podem ser vistos como conselheiros/avaliadores confiáveis, um pouco como a consciência da organização. O auditor deve procurar agir de forma certa, mesmo quando evitar o problema possa ser mais fácil.

 

Entre auditados e auditores, o comportamento ético é essencial para se criar e manter relacionamentos proveitosos. Desta relação, em que ambos têm certamente o mesmo objetivo último de servir a empresa da melhor forma, é esperado que exista:

 

i. um comportamento respeitoso, íntegro e verdadeiro;

ii. um clima de boa comunicação e cooperação;

iii. respeito pelos prazos estipulados;

iv. confidencialidade da informação tratada;

v. o estabelecimento de compromissos, mesmo em situações que o consenso total possa não ser alcançado.

 

Assim, certamente que os trabalhos, baseados em análises rigorosas, justas e imparciais, resultarão em conclusões/recomendações mais ricas, de melhor gestão de risco e/ou de melhoria de processos.

 

Claro que somos todos falíveis e estamos sujeitos ao erro, mas importa garantir que os mesmos quando ocorram, haja vontade de superá-los, sabendo que existe um referencial de valores que nos ajuda a tomar as melhores decisões, perante os dilemas constantes que invariavelmente vão surgindo.

 

Se por um lado, as organizações devem ser rentáveis, por outro, estas devem ser sustentáveis a longo prazo, sabendo-se que comportamento ético é um contributo fundamental para garantir a sua longevidade.

 

*O IIA Brasil não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma subsidiária ou solidária, pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos no texto, por serem de inteira responsabilidade de seu autor.

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