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Novo relatório do IIA fornece pistas valiosas sobre os riscos para 2021

Novo relatório do IIA fornece pistas valiosas sobre os riscos para 2021
06/11/2020



Todas as crises, em determinado momento, provocam algum nível de introspecção, seja pessoal, organizacional ou social. Certamente, a COVID-19 causou isso. Muito foi escrito sobre o impacto da pandemia sobre os relacionamentos interpessoais, cultura, política, economia e tecnologia, enquanto buscamos respostas para o maior desafio global do século. Dividi diversas perspectivas neste blog. 

Nesta semana, The IIA lança um relatório perspicaz que fornece uma perspectiva mais aprofundada sobre a pandemia e seus impactos sobre as organizações. O OnRisk2021: A Guide to Understanding, Aligning, and Optimizing Risk não é destinado a abordar os efeitos da COVID-19 sobre o gerenciamento de riscos e governança. Na realidade, o relatório – agora em seu segundo ano – foi elaborado para oferecer conhecimentos importantes sobre o alinhamento de riscos entre os conselhos, a gestão executiva e a auditoria interna. Entretanto, é virtualmente impossível discutir os riscos que enfrentamos sem abordar o “elefante na sala”.

O relatório de 2021 estreia na Conferência Internacional de 2020 do IIA. A reunião anual dos principais líderes de auditoria interna do mundo será virtual este ano, mais um exemplo da influência perturbadora da pandemia em nossas vidas.

No entanto, as observações do OnRisk2021 vão além de observar as consequências óbvias da quarentena, de incertezas econômicas e disrupções no local de trabalho estimuladas pela COVID-19. Ele examina como a pandemia melhorou o alinhamento entre os participantes do gerenciamento de riscos sobre continuidade de negócios, gerenciamento de riscos e comunicação. Ele investiga a influência potencial de longo prazo do vírus sobre a aceleração do uso da tecnologia. Ele explora como a adoção da tecnologia irá afetar a cibersegurança, a gestão de talentos, a inovação perturbadora e outros riscos.

A partir de sua edição inaugural do ano passado, o valor do OnRisk2021 reside em percepções extraídas da mensuração de como os principais participantes do gerenciamento de riscos enxergam os riscos em relação uns aos outros. As observações e informações do relatório também oferecem às organizações a oportunidade de realizar seus próprios exames introspectivos sobre o gerenciamento de riscos e governança.

O OnRisk 2021 alavanca uma metodologia que usa pesquisas qualitativas e quantitativas para mensurar como conselhos, o C-Suite e a auditoria interna veem os 11 principais riscos que as organizações irão enfrentar no ano seguinte. Ele mensura as opiniões dos entrevistados sobre seu conhecimento pessoal sobre cada risco, a capacidade de suas organizações de gerenciar cada risco e como cada risco é relevante para as suas organizações. Os dados mostram um alinhamento aprimorado sobre o conhecimento e a capacidade do risco, mas uma dissonância potencialmente preocupante sobre a relevância do risco.

O relatório está sendo divulgado no momento certo para que muitos departamentos de auditoria interna aproveitem seus insights conforme a avaliação anual de riscos e o planejamento de auditoria estão em andamento para 2021. Existem cinco observações principais no relatório que refletem uma ampla gama de desafios e áreas de melhoria:

  • Continuidade de negócios, gestão de crises e cibersegurança são os maiores riscos para 2021. Desafios sem precedentes trazidos pela pandemia de COVID-19, bem como a expansão da dependência de tecnologia de dados, levam esses dois riscos ao topo da lista. Frequentemente, eles são combinados, pois algumas ciberameaças são intensificadas pela realocação repentina de funcionários para ambientes menos seguros de home office, bem como por uma mudança intensa para o comércio eletrônico provocada pela resposta à pandemia.

 

  • Dois riscos oferecem prioridades para melhorias organizacionais. Todos os entrevistados classificam a inovação disruptiva e a gestão de talentos entre os riscos mais relevantes. Ainda assim, os entrevistados de alto escalão classificam seu conhecimento e as capacidades da organização relacionadas a esses riscos entre os mais baixos.

 

  • As percepções da gestão sobre a relevância do risco geralmente não estão alinhadas com os conselhos e CAEs. Os membros do conselho e os chefes executivos de auditoria (CAEs) estão amplamente alinhados em sua percepção da relevância dos riscos incluídos no OnRisk 2021. No entanto, as classificações de relevância da gestão são mais baixas em geral, com uma lacuna especialmente grande na percepção de governança e volatilidade econômica e política. Na verdade, o C-Suite atribui maior relevância aos riscos operacionais, como gestão de talentos, cultura e continuidade de negócios.

 

  • As percepções sobre a capacidade de gerenciar riscos estão mais alinhadas. Este ano, as respostas estão mais agrupadas em torno da capacidade organizacional de gerenciar riscos. O excesso de confiança do conselho observado no relatório do ano passado parece ter diminuído. As respostas à COVID-19, que se concentraram em parte nas avaliações de riscos renovadas e na comunicação e colaboração mais frequentes entre os participantes do gerenciamento de riscos, provavelmente impulsionaram um alinhamento mais forte nas forças e fraquezas organizacionais.

 

  • A gestão vê a governança organizacional como um risco menos relevante do que os conselhos e a auditoria interna. A divergência nas classificações de relevância da governança organizacional como risco é significativa e reveladora. A classificação de relevância mais baixa da gestão sobre este risco, combinada com suas classificações mais altas em conhecimento pessoal e capacidade organizacional, sinalizam excesso de confiança da gestão nesta área e uma desconexão em relação aos conselhos e CAEs.

 

Por fim, este relatório oferece exames detalhados de cada um dos 11 principais riscos pesquisados e inclui ações recomendadas para cada um dos três participantes do gerenciamento de riscos.

Encerrarei compartilhando o parágrafo inicial da introdução do OnRisk 2021, que acredito que forneça particularmente uma perspectiva útil.

Risco é parte integrante da teoria econômica moderna. De fato, quase desde o início da sociedade organizada, a pulsão por reconhecer, alavancar e gerenciar riscos levou a humanidade a se destacar. Conforme as instituições sociais, empresariais e governamentais se tornaram mais complexas, globais e entrelaçadas, o domínio da arte e da ciência do gerenciamento de riscos tornou-se cada vez mais imperativo – e evasivo.

Como auditores internos, devemos sempre nos esforçar para “dominar a arte e ciência do gerenciamento de riscos”. Relatórios como o OnRisk fornecem informações e dados valiosos para nos ajudar a chegar lá. No entanto, a maior lição que podemos tirar do relatório é sua premissa fundamental: quando os conselhos, a gestão executiva e a auditoria interna estão alinhadas, as chances de sucesso organizacional são significativamente maiores.

Como sempre, aguardo seus comentários.

 

Richard F. Chambers, presidente e CEO do Global Institute of Internal Auditors, escreve um blog semanal para a InternalAuditor.org sobre questões e tendências relevantes para a profissão de auditoria interna.

 

 

Traduzido por IIA Brasil

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