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O papel da Auditoria Interna no ESG

O papel da Auditoria Interna no ESG
28/09/2021



O Papel da Auditoria Interna no ESG

Por Jeffrey Ridley 

O recente white paper (PDF) do IIA, O Papel da Auditoria Interna no Reporte de ESG: A Avaliação Independente É Crítica Para o Reporte Eficaz de Sustentabilidade, é claro sobre por que e como todos os auditores internos deveriam contribuir para a conquista global das metas de desenvolvimento sustentável de 2015 das Nações Unidas (ONU). O escopo, a avaliação, a assessoria e as práticas dos auditores devem estar trabalhando para cumprir com cada uma das 17 metas da ONU para questões ambientais, sociais e de governança (ESG).

O excelente artigo de Logan Wamsley, "Is ESG the New Sarbanes-Oxley?" e a Nota do Editor de Anne Millage na edição de junho do The IIA Magazine definiram o caminho a seguir para todas as funções de auditoria interna, em todos os setores do mundo todo. Há sinais de que isso está acontecendo, mas ainda são muito poucos. Evidências de pesquisas anteriores e atuais mostraram que poucos profissionais abordam a conectividade de questões de ESG nacionais e globais em sua auditoria interna baseada em riscos.

Ainda assim, qualquer estudo feito pelo Instituto sobre a história da auditoria interna moderna desde 1941 pode encontrar muitos exemplos de orientação para os auditores internos reconhecerem seu papel além da governança organizacional e regulatória. Os auditores devem se concentrar mais amplamente em como sua organização se compromete com as necessidades e interesses públicos como parte de sua cultura.

Esse foco está sendo conduzido hoje por muitos reguladores em todo o mundo. Todos os auditores internos devem ser motoristas – não apenas passageiros – conforme é construído o futuro sustentável de longo prazo de todas as pessoas, do planeta e da prosperidade global. Esses três P's devem ser guias para todos. Caso contrário, todos falharemos.

Minhas primeiras auditorias internas no Reino Unido no início dos anos 1960, como auditor interno sênior em duas grandes empresas de manufatura dos EUA, cobriram o controle de resíduos materiais e a reciclagem nas áreas de produção. Na época, eu mal sabia que estava abordando alguns aspectos de ESG em meu escopo, planejamento e prática. As lições que aprendi nessas auditorias influenciaram muito meu trabalho futuro como auditor interno, gerente, acadêmico, membro do conselho e autor, embora, na época, houvesse pouco interesse regulatório ou público nos resíduos que as empresas produzem.

Hoje, o interesse regulatório e público deve estar no escopo, planejamento, práticas e reporte de todas as tarefas de auditoria interna. Essa deve ser a mudança de paradigma atual para nossa profissão, assim como foi no passado com as fraudes em empresas de capital aberto.

Para aqueles que não leram o Relatório da Comissão Treadway dos EUA de 1987, há muitos paralelos a aprender para lidar com os riscos e mitigações de ESG da atualidade. Este relatório é anterior ao movimento de governança corporativa global do início da década de 1990 e, conforme adentrou o século XXI, colocou a auditoria interna à frente na promoção dos princípios de honestidade, integridade e responsabilidade na boa governança. Por fim, o relatório levou ao estabelecimento do Committee of Sponsoring Organizations of theTreadway Commission (COSO), sua Estrutura Integrada de Controle Interno e o Modelo de Três Linhas atualizado do IIA.

O que é menos conhecido e mencionado é a declaração do COSO de 2018 sobre o "cenário em evolução de riscos ambientais, sociais e de governança (ESG) que podem impactar sua lucratividade, sucesso e até sobrevivência". O COSO fez parceria com o World Business Council for Sustainable Development para desenvolver orientações para "ajudar os profissionais de gerenciamento de riscos e sustentabilidade a aplicar conceitos e processos do gerenciamento de riscos corporativos aos riscos relacionados a ESG". Essa é uma orientação que todo auditor interno deve estudar, se não todos os membros do conselho e do comitê de auditoria. Se não seguirem essa orientação, correm o risco de ser questionados por governos, reguladores e outros stakeholders importantes.

Este desafio é real. Ele nunca irá embora.

O IIA está no palco do ESG há muitos anos com gestão e avaliação ambiental, bem como com o International Integrated Reporting Council, que se combinou com o Sustainability Accounting Standards Board em junho para formar a Value Reporting Foundation. Os membros globais da organização estão promovendo e desenvolvendo a tomada de decisões e o reporte de ESG nos âmbitos de negócios e de investidores.

A direção da nossa profissão sempre esteve lá, começando com a primeira Declaração de Responsabilidades do IIA em 1947, que definiu a atividade do auditor interno de "verificar até que ponto os ativos da empresa são devidamente contabilizados e protegidos contra perdas de todos os tipos". O IIA foi a primeira instituição profissional a estabelecer um Código de Ética global para seus membros, em 1968. Desde então, o Instituto progrediu desde a emissão de suas primeiras Normas profissionais em 1978, até o lançamento de seus atuais Princípios Fundamentais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, que sustentam o Framework Internacional de Práticas Profissionais.

Esses Princípios Fundamentais abrangem tudo que é necessário para a qualidade e melhoria dos serviços prestados pelos auditores internos. A avaliação e melhoria dessa qualidade em todas as funções de auditoria interna devem agora incluir como os auditores internos, a gestão e os conselhos estão falando sobre ESG.

Isso está acontecendo em sua organização hoje? Se não, deveria estar. Não procrastine!

Jeffrey Ridley, CIA, é professor visitante na Birmingham City University, na University of Lincoln e na London South Bank University. Ele foi o primeiro presidente do Chartered Institute of Internal Auditors no Reino Unido, em 1975-1976.

 

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Este documento foi traduzido por INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL em 30 DE JUNHO DE 2021.

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