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Relatório Inovador do The IIA Poderia Reformular Visões Sobre o Gerenciamento de Riscos

Relatório Inovador do The IIA Poderia Reformular Visões Sobre o Gerenciamento de Riscos
15/10/2019



Em um cenário de múltiplos escândalos corporativos de alta repercussão, os conselhos de administração em todo o mundo estão enfrentando uma pressão crescente quanto ao seu desempenho. Investidores ativistas, mudanças tecnológicas e regulamentações cada vez mais agressivas estão pressionando os líderes corporativos como nunca, e a dinâmica da macroeconomia e da geopolítica apenas aumenta seus desafios complexos.

Entretanto, a tarefa aparentemente exaustiva de operar uma corporação moderna pode ser amplamente facilitada pelo gerenciamento executivo competente e criativo, pelo gerenciamento estratégico de riscos e pela avaliação independente da auditoria interna. No entanto, essa fórmula testada e aprovada para uma governança corporativa bem-sucedida frequentemente falha quando seus principais participantes não estão alinhados ou, pior ainda, têm interesses conflitantes.

Portanto, é vital que organizações de todos os tamanhos e de todas as indústrias tenham conselhos, gestão executiva e líderes de auditoria interna alinhados e harmoniosos em sua abordagem de alavancar e gerenciar riscos.

Nos quase 11 anos em que escrevi o blog Chambers on the Profession, apresentei e promovi muitos artigos importantes sobre liderança criativa do The IIA. Hoje, estou empolgado em anunciar um novo relatório emblemático que acredito ter um impacto monumentalmente positivo na busca por uma boa governança.

O OnRisk 2020: A Guide to Understanding, Aligning, and Optimizing Risk é um relatório de pesquisa inovador e perspicaz que promete mudar a maneira como as organizações veem e compreendem os riscos. Ele reúne, pela primeira vez em um relatório, as perspectivas dos três principais participantes do gerenciamento de riscos — o conselho, a gestão executiva e a auditoria interna.

Por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas desses grupos principais, o OnRisk 2020 oferece uma visão importante de como eles se alinham aos 11 principais riscos enfrentados pelas organizações em 2020. As descobertas mostram um cenário de gerenciamento de riscos que é às vezes esperançoso e às vezes ameaçador.

Uma das descobertas do relatório deveria ser especialmente perturbadora. A análise dos dados das duas pesquisas revelou que os conselhos consistentemente têm confiança excessiva na capacidade de suas organizações de gerenciar riscos. Francamente, não fiquei surpreso com essa descoberta. Ela confirma uma visão que articulei em publicações anteriores do blog sobre os conselhos serem tolerantes demais com a gestão executiva.

É lógico supor que a gestão executiva fará seu melhor quando reportar ao conselho sobre os esforços de gerenciamento de riscos. Se os conselhos não exercitarem uma dose saudável de ceticismo profissional sobre o que estão ouvindo, pode-se desenvolver facilmente uma imagem distorcida da capacidadede gerenciamento de riscos da organização na mente dos membros do conselho. As descobertas do OnRisk 2020 parecem confirmar isso.

No ano passado, uma das postagens do meu blog fez a pergunta: Haveria Civilidade Demais na Sala do Conselho?

Trecho do artigo:

Minha análise das grandes falhas de governança dos últimos anos me convenceu de que, com demasiada frequência, a supervisão ineficaz do conselho está na raiz dos escândalos corporativos. Muitos Conselhos relutam em questionar a administração. Muito frequentemente, os conselhos se contentam em dizer: "Contratamos um(a) ótimo(a) CEO. Vamos dar um passo atrás e deixar que faça seu trabalho".

Pergunto-me, muitas vezes, se simplesmente poderia haver civilidade demais na sala do conselho. Não estou sugerindo uma reunião do conselho equivalente a uma "guerra de comida", mas os membros do conselho têm a obrigação de usar o ceticismo profissional em seus papéis. Devem estar dispostos a fazer perguntas investigativas, desafiar as suposições da administração, agitar as coisas, se necessário, e, francamente, arriscar seu futuro no conselho.

Essa descoberta do OnRisk deve alertar sobre como os conselhos constroem suas opiniões sobre a capacidade de gerenciamento de riscos e como isso afeta as decisões que direcionam a estratégia de riscos.

Uma segunda descoberta do relatório também foi especialmente perturbadora para mim. Uma maioria significativa dos entrevistados minimizou os perigos de visões desalinhadas sobre a capacidade de gerenciamento de riscos. De fato, alguns viam certo nível de desalinhamento como saudável. Acho que essa atitude perigosa nasce da ideia de que o conselho não precisa "saber tudo". Acredito que essa atitude aparentemente benigna esteja no centro de muitas falhas de governança.

Do ponto de vista da auditoria interna, essas e outras descobertas do OnRisk 2020 devem ser vistas como um chamado à ação. Os chefes de auditoria interna são obrigados a se manifestar quando os esforços de gerenciamento de riscos forem ineficientes ou ineficazes, e o desalinhamento entre os principais participantes claramente afeta a eficiência e a eficácia.

Eu poderia continuar compartilhando informações adicionais do OnRisk 2020, que oferece insights consideráveis e recomendações valiosas. Em vez disso, incentivo você a fazer o download do relatório e compartilhá-lo com seus conselhos e com a gestão executiva.

Concluirei com uma das chamadas de ação mais importantes do relatório: as organizações deveriam revisar a análise e as recomendações relacionadas a cada um dos 11 principais riscos no OnRisk 2020 e, então, fazer análises semelhantes das perspectivas de conhecimento e capacidade entre seus próprios conselhos, gestão executiva e chefes executivos de auditoria. Esse exercício identificará áreas de desalinhamento e ajudará as organizações a fazer correções importantes em sua jornada para a boa governança.

Como sempre, aguardo seus comentários.
 

Divulgação:

Richard F. Chambers, presidente e CEO do Global Institute of Internal Auditors, escreve artigos semanais para um blog da InternalAuditor.org sobre assuntos e tendências relevantes para a profissão de auditoria interna.

 

Tradução: IIA Brasil

Revisão Técnica da Tradução: Sergio Ricardo Leandro Dias, CIA, CCSA, CFSA.

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