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Adotar um pet controla o estresse e afasta a solidão; eles são tudo de bom!

Adotar um pet controla o estresse e afasta a solidão; eles são tudo de bom!
26/07/2023



Adotar um animal de estimação, seja ele gato ou cachorro, é um ato de amor. Eles são responsáveis por trazer alegria e saúde para o lar e ensinam aos seres humanos o verdadeiro significado de responsabilidade afetiva. Além disso, esse gesto humanitário contribui para diminuir o número de animais abandonados na rua. 

Para o quadro “Diário de um Auditor”, Tânia Cordeiro, que é conselheira de administração do IIA Brasil e chefe da Seção de Gestão da Integridade, Compliance e Governança do TREMG, conversou conosco sobre a sua relação com pets e ONGs; confira: 

Os cães fizeram parte da minha infância, por isso guardo muitas lembranças felizes dos momentos em família de pura alegria. Posso dizer que o amor pelos cãezinhos é uma herança do meu pai, que sempre nos possibilitava a companhia de um puro “vira lata” caramelo, piratinha, estopinha ou outras cores. Antes de adotar, já adulta, tive duas cadelinhas de raça: ‘Aretha’, uma Dachshund preta e dourada que jogava futebol (ela adorava uma bolinha, driblava melhor que muito jogador profissional), e a ‘Penélope’, uma Shiht-tzu cheia de vontades que achava que conversava comigo (e que eu entendia).   

Até então, eu nem imaginava que, mesmo comprando de canis credenciados, havia criadouros que submetiam as fêmeas “matrizes” a práticas cruéis, e depois as descartavam como lixo. Tudo isso me deixou muito triste e assustada. Decidi que começaria a ajudar algumas ONGs ou protetores que resgatavam, cuidavam e tentavam conseguir lares temporários ou adotivos para animais abandonados. 

Assim, o que despertou minha vontade de adotar foi essa tomada de consciência. Saber que há uma grande quantidade de cães e gatos que são abandonados todos os dias, que passam fome, ficam doentes e são expostos a situações de violência extrema. Muitos deles, inclusive, são atropelados e maltratados nas ruas. O comércio de pets pode ser muito cruel na exploração dos animais de raça. Muitos abrigos estão lotados de animaizinhos que passam uma vida inteira, às vezes anos, aguardando uma adoção. A partir da consciência de que a adoção salva e resgata uma vidinha, percebi que isso não tem preço!

Adotar um animalzinho é muito didático. Eles nos ensinam o significado de palavras que são muito faladas e, às vezes, pouco praticadas. Gratidão, amor incondicional, respeito, companheirismo, flexibilidade, alegria, resiliência, bem viver. Os cães demonstram o que achamos complicado com uma simplicidade avassaladora, e só quem é tutor de um cãozinho entende: a gente ama de verdade esses anjos! A minha rotina está bastante adaptada, pois há muitos anos eles já fazem parte e estão incluídos nela. Tenho uma veterinária maravilhosa que nos atende em casa; fizemos uma adaptação de modo que eles se tornassem o mais independentes possível. Enfim, como tudo na vida, é preciso planejamento: estratégico (sim, é uma relação de longo prazo!), operacional, orçamentário, logístico e financeiro. 

Acho que um dos maiores desafios foi a adaptação. Por exemplo, minhas duas últimas adoções foram de cadelas adultas, resgatadas após atropelamento. Elas se encontravam tristes, medrosas, traumatizadas, sequeladas, com a imunidade baixa e desconfiadas de tudo e de todos. Traumas que não desaparecem do dia para a noite. Foi preciso paciência, atenção, dedicação e carinho. Dar um tempo para que elas conhecessem seus novos tutores e aquele lugar: o novo lar. Também foi necessário esperar que elas ficassem bem fisicamente e sentissem que não seriam mais descartadas. É engano achar que tudo será fácil, que não haverá choros, latidos descontrolados, xixi (e outros odores) fora do lugar “predeterminado”. Mas esta fase passa, e depois tudo fica bem. Outro desafio é nos preparar para a despedida: a vida deles é breve, muito mais do que gostaríamos. 

Acredito que a adoção responsável de animais pode ser considerada um ato de responsabilidade social. Segundo a OMS, a estimativa do número de animais abandonados no Brasil é de 30 milhões. 20 milhões são cachorros e 10 milhões, gatos. Em grandes cidades, para cada 5 habitantes, há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. Os números falam por si, mas conhecer a triste realidade dos abandonados nos faz entender o tamanho do problema. Ao adotar um cãozinho, mais de uma vida é salva, pois abre-se a oportunidade para outro ser acolhido. 

Então, evite comprar! Acolha, adote um animalzinho e se planeje, pois animais de estimação demandam cuidados: comida, água, idas ao veterinário, vacinas, passeios e, claro, tempo com seu tutor. Eles não são descartáveis e têm um tempo de vida de 10 a 15 anos (mais ou menos). Se não puder adotar, ajude um protetor, um abrigo ou uma ONG: pesquise e localize uma que valha a pena. Esses espaços sempre precisam de ajuda, pois estão todos lotados e as despesas são muitas e constantes! Há pessoas e instituições que fazem trabalhos muito valorosos de proteção, cuidado, castração e adoção de animais. 

Adoção economiza dinheiro! A terapia é grátis! Saúde mental garantida! Estresse controlado! Solidão? Nunca mais! Cachorro é tudo de bom! Contudo, se a vontade de comprar um cãozinho de uma determinada raça for enorme, pesquise muito. Se possível, visite o criadouro e entreviste o vendedor. Em hipótese alguma incentive maus tratos!
 

Tânia Mara Cordeiro é conselheira de administração do Instituto dos Auditores Internos do Brasil - IIA Brasil.

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