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CGDF - CGU e SERPRO apresentam resultados da parceria firmada com a CGDF sobre o modelo de auditoria interna IA-CM

CGDF - CGU e SERPRO apresentam resultados da parceria firmada com a CGDF sobre o modelo de auditoria interna IA-CM
06/11/2019



 

As instituições firmaram Acordo de Cooperação Técnica em 2018 para trocar experiências sobre a aplicação do modelo

 

Representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) apresentaram, na IV Semana de Controle Interno, Transparência, Ouvidoria e Correição da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), os resultados da parceria firmada com a CGDF para aplicação do Modelo de Capacidade da Auditoria Interna (Internal Audit Capability Model – IA-CM).

 

As instituições firmaram Acordo de Cooperação Técnica (ACT) em 2018, durante a III Semana de Capacitação e Aperfeiçoamento em Controle Interno da CGDF. O objetivo do ACT foi estabelecer a integração de metodologias que assegurem o intercâmbio de conhecimentos técnicos sobre o modelo IA-CM, e outros frameworks aplicáveis à melhoria e fortalecimento do Sistema de Controle Interno na Administração Pública dos estados e do DF e do controle interno do Serpro.

 

O modelo foi desenvolvido para o setor público pelo Instituto de Auditores Internos (The Institute of Internal Auditors – IIA), com suporte do Banco Mundial. Ele identifica os fundamentos necessários para uma auditoria interna efetiva, apresentando 5 níveis de capacidade (1-Inicial, 2-Infraestrutura, 3-Integrado, 4-Gerenciado e 5-Otimizado) para que essa atividade possa evoluir e melhorar os seus processos e práticas, organizados em macroprocessos chaves (key process área – KPA).

 

Após a assinatura foi formado um Grupo de Trabalho (GT) com representantes das três instituições, que já realizaram reuniões, desenvolveram e participaram de capacitações sobre o tema em pauta.

 

O auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), Leonardo Mosdesti Donin, que participa do GT, informou durante o painel “Internal Audit Capability Model – IA-CM: o controle como elemento essencial da governança”, que a CGU vai levar o modelo IA-CM para as unidades de auditoria da administração direta e indireta.

 

“Temos uma programação de capacitação operacional a partir do segundo semestre deste ano. Diretores da CGU estão interessados em levar o modelo IA-CM para unidades de auditoria interna da administração direta e indireta”, disse Leonardo Donin.

 

Ele destacou que a capacitação vai estar estruturada em dois documentos principais: o Guia e a Matriz de Avaliação. “O guia é uma ferramenta entre o modelo cru e uma operacionalização de uma avaliação e vai facilitar para que as unidades de auditoria façam as suas auto avaliações, porque já vai ter uma harmonização de conceitos e práticas com base em nossas experiências. A expectativa é de que isso ajude bastante as unidades que queiram implementar o IA-CM nos seus processos de trabalho. Além disso, tem a Matriz de Avaliação, que é modelo de trabalho em que a equipe de avaliação vai registrar suas análises, compreendendo as conclusões, evidências, comentários e plano de ação nos gaps que identificar no seu processo de trabalho”, explicou.

 

Ele falou, ainda, que a parceria com a CGDF e o Serpro permite avaliar o que está dando certo e o que está dando errado dentro de cada unidade de auditoria interna, quando utilizado o modelo IACM. “A partir dessa troca de experiência começamos a desenvolver uma série de inciativas para consolidar as práticas adotadas por cada unidade de auditoria interna em seu respectivo contexto. Temos também a questão da articulação institucional, o ACT está sendo avaliado em sua base jurídica, na questão do termo de adesão de outras unidades de auditoria que queiram agregar e ter acesso ao que está sendo construído”, disse.

 

Sinergia

 

Leonardo Donin acredita que existe uma sinergia entre o Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade da CGU e a implementação do modelo IA-CM. “Faremos a revisão do Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade da CGU, em que a gente vai prever dentro das avaliações internas o IACM como ferramenta de avaliação periódica. Já na avaliação externa, utilizar essa auto avaliação interna, como subsídio para uma validação de um agente externo independente. As duas coisas caminham para o mesmo objetivo, que é a melhoria dos processos”, disse.

 

Segundo ele, o objetivo da CGU é alcançar até 2021 o nível 3 do IA-CM. “Para isso, tem toda uma questão de monitoramento que a gente está prevendo, tanto do plano de ação, quanto do próprio IACM. E aí o Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade da CGU funciona muito bem, porque prevê uma série de medidas e indicadores, ferramentas de avaliação e traz subsídios para a gente monitorar como anda o nosso processo de trabalho, que tipo de resultado tem trazido e assim por diante. Então, nesse momento do monitoramento vai ser muito importante essa sintonia com o programa de qualidade”, revelou.

 

Além disso, ele afirmou que a CGU prevê, ainda, auto avaliações periódicas do IA-CM de forma intercalada com avaliações externas ou preparatórias das avaliações externa.

 

O auditor federal também apresentou os resultados desse trabalho. “Houve melhoria na qualificação da gestão da qualidade da atividade da auditoria interna, na busca de soluções, de como fazer processos previstos no IA-CM, de como montar melhor a abordagem dentro do que está definido nos nossos normativos e no que a CGU quer ser para os seus parceiros”, finalizou.

 

Por fim, observou que uma das coisas necessárias para o processo de melhoria contínua da organização é a questão do apoio da alta administração. “Ele é fundamental para estabelecer esse tom de liderança no processo, para fornecer os meios, para o engajamento da atividade de auditoria interna da organização junto a esse propósito de melhoria e de atingir resultados”, concluiu.

 

Serpro

 

Carlos Moraes de Jesus, auditor-geral do Serpro, também foi um dos painelistas e trouxe a experiência do órgão com o modelo IA-CM. Ele começou questionando o que define uma auditoria interna e acredita que é “saber que a gente está contribuindo para alguma melhoria na administração para o cidadão”.

 

“A gente é mais preventivo, mais punitivo, qual a sua pegada de controle? Temos uma diversidade de atuações, preventivo e punitivo juntos, e eu acredito que o modelo IA-CM é tão interessante e flexível que permite essa coexistência. Ele naturalmente traz uma visão mais de apoio à gestão e envolvimento do gestor, mas sem descuidar do lado punitivo de considerar riscos de fraude e corrupção, questões de integridade, e isso é que é bacana”, observou.

 

Ele relatou que o fato de o IA-CM ter sido testado em organizações das mais diversas naturezas, como CGU e CGDF, ajudou muito no convencimento interno para implantação desse modelo no Sepro. “O modelo traz dimensões muito interessantes pra entender auditoria interna e como ela se relaciona com as outras unidades da organização. Já estamos cumprindo 50% do nível 2. Isso é legal do modelo porque você consegue ver concretude do passo seguinte, quanto ter uma visão de médio e longo prazo, de enxergar que tapando aqueles buracos a tendência é aumentar o nível geral de capacidade de auditoria interna.”

 

Ressaltou, ainda, que que o cliente da auditoria interna, em última instância, é a sociedade, mas de modo de modo imediato são os conselhos, a alta administração e os gestores. “Existem diferentes expectativas de cada um dos interlocutores em relação à atividade de auditoria. A preocupação do Conselho de Administração, por exemplo, é receber da auditoria a segurança de que os controles são adequados para que a organização caminhe sem riscos aos objetivos alcançados. Já o gestor está preocupado com algo que futuramente pode ser questionado pelo TCU. Então, é importante entender as diferentes expectativas para conseguir assessorar de um modo mais proeficiente essas várias instâncias”, considerou.

 

O auditor-geral do Sepro, ao final de sua exposição, informou que a instituição priorizou em 2018 o KPA de consultoria. “Isso vem de uma autoavaliação que a gente teve de que precisávamos robustecer essa nossa ferramenta do braço consultivo. Aproveitando o modelo, aprovamos a norma de consultoria e, para 2019, incluímos no planejamento anual a prestação de uma consultoria”, concluiu.

 

A IV Semana de Controle Interno, Transparência, Ouvidoria e Correição da CGDF está sendo promovida nessa semana em parceria com a Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no Instituto Serzedello Corrêa, em Brasília (DF).

 

Notícia publicada no site Controladoria-Geral do Distrito Federal

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