Embora a mudança possa parecer assustadora, as novas Normas Globais de Auditoria Interna podem melhorar os relacionamentos e o entendimento e esclarecer o papel da auditoria interna.

Você é um novo CAE e está lutando para convencer seu conselho e sua gestão sobre o que sua equipe de auditoria interna precisa para funcionar bem? Ou talvez já tenha experiência como CAE, mas ainda tem dor de cabeça ao tentar explicar ao conselho ou à gestão exatamente o que sua equipe pode ou não fazer.

Você também pode ser um daqueles auditores que são regularmente questionados por seus clientes de auditoria sobre o motivo pelo qual você realiza suas auditorias da forma como faz.

Tenho certeza de que sua resposta a eles sempre foi que você está "seguindo o International Professional Practices Framework, ou IPPF". Posso imaginar os olhares que você recebe, pois a maioria dos seus clientes já se desligou mentalmente quando você termina de descrever o longo nome das nossas Normas.

Com a entrada em vigor das novas Normas Globais de Auditoria Interna em janeiro de 2025, muitos de nossos problemas como auditores internos e como CAEs serão resolvidos. Não apenas porque o nome das Normas Globais de Auditoria Interna é bem rápido para todos identificarem e entenderem, mas também porque os cinco domínios nos quais as Normas são prescritas são muito sistemáticos e fáceis de entender.

Aqui está um rápido resumo de como cada domínio facilitará sua vida:

Domínio I: Propósito da Auditoria Interna

Esta seção destaca claramente o motivo da existência de uma função de auditoria interna. Com isso, agora você tem o poder de fogo de que precisa para alterar seu estatuto e garantir que está fazendo o que as Normas exigem de você. Esse domínio também se torna uma ótima referência para sua equipe sobre o que ela pode ou não fazer como consultores da gestão e do conselho.

O mais importante é que o título é tão claro e a explicação tão fácil que dar uma cópia para sua gestão ou conselho resistente deveria rapidamente produzir resultados positivos, com as orientações sobre as expectativas da função de auditoria interna.

Domínio 2: Ética e Profissionalismo

A ética e o profissionalismo estão no coração e no centro de nosso trabalho como auditores internos. Esse domínio enfatiza claramente as expectativas éticas e profissionais não apenas da função de auditoria interna, mas também dos auditores internos individuais. Aderir a esse domínio e garantir que o ambiente certo esteja em vigor para nutrir a ética e o profissionalismo entre sua equipe ajudará muito a construir uma função de auditoria interna confiável.

Domínio 3: Governando a Função de Auditoria Interna

Você já enfrentou desafios ao orientar seu conselho sobre o que ele pode ou não fazer conforme supervisiona a função de auditoria interna? Bem, com esse domínio, seu relacionamento com o conselho certamente melhorará muito, pois agora você poderá compartilhar com seus membros uma explicação clara sobre o que as Normas esperam que eles façam. Ter seu conselho e sua gestão familiarizados com esse domínio ajudará a evitar o risco de os conselhos entrarem discretamente no domínio operacional em vez de permanecerem estratégicos.

Domínio 4: Gerenciando a Função de Auditoria Interna

Tanto os CAEs novos quanto os experientes agora têm um modelo claro para guiá-los e garantir que estejam conduzindo seus navios na direção certa e em direção aos objetivos certos. Com esse domínio, esperamos que os CAEs criem estruturas mais fortes e apresentem estratégias melhores para garantir que suas funções agreguem valor à organização.

Domínio 5: Executando Serviços de Auditoria Interna

Esse domínio fornece um roteiro de como os auditores internos deveriam realizar todos os seus trabalhos de auditoria interna. Agora que temos esse domínio muito claro, recairá sobre todos os auditores internos o ônus de garantir que o planejamento, a execução, a comunicação, o monitoramento e a avaliação de qualidade de cada trabalho atendam plenamente aos requisitos das Normas. As funções de auditoria interna também precisam revisar e alterar seus manuais, para garantir o alinhamento com os requisitos desse domínio.

Apesar das mudanças, pode-se ver que não há necessidade de os auditores internos se sentirem sobrecarregados com as novas Normas. Pelo contrário, o lançamento dessas novas Normas dá novo fôlego à nossa profissão. Entretanto, para que possamos colher plenamente os benefícios dessa nova mudança, precisamos garantir que leiamos as Normas, as internalizemos e eduquemos nossos principais stakeholders sobre elas.

Estou ansioso para ouvir ótimas histórias de guerra das trincheiras conforme vocês implementam as novas Normas em suas organizações. Um brinde a funções de auditoria interna mais eficientes e eficazes e a auditores internos mais bem equipados, graças às Normas Globais de Auditoria Interna!
 

Amiri Abdallah, CIA, CFE. CPA, PRINCE2, é vice-presidente do Audit and Oversight Advisory Committee da International Organization for Migration das Nações Unidas e colíder global da Linha de Serviços de Consultoria do Diamond Consulting Group, e está baseado em Kampala, Uganda.

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Este documento foi traduzido por INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL em 29 De Novembro de 2024.