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As consequências da escolha de um líder sem os princípios e valores éticos adequados

As consequências da escolha de um líder sem os princípios e valores éticos adequados
10/05/2021



Por Paulo Gomes

 

No Dia Nacional da Ética, comemorado recentemente em 2 de maio, resolvi escrever um artigo e, desta forma, contribuir para disseminar uma cultura baseada em princípios e valores e lembrar da importância de valorizar a existência de um Código de Conduta Ética e de Integridade para fortalecer as organizações. Atualmente vivemos uma crise ética e moral sem precedentes, sendo necessário resgatar a dignidade humana com respeito às pessoas e incentivar a prática da integridade, da impessoalidade, da legalidade e do profissionalismo.

 

Desde criança sempre ouvir dizer que, para ser honesto e formar uma pessoa com comportamento exemplar, a educação deveria começar dentro de casa, com os pais exercendo uma liderança natural dentro do seio familiar. A mentira para levar vantagem em tudo, na fase de formação, pode ser o início para se cometer atos inadequados que certamente serão a causa de notícias de corrupção no futuro.

 

A falta de ética e a ganância pelo poder são o caminho escolhido por uma minoria de aproveitadores que, infelizmente, não se importam com os danos que possam causar a milhares de famílias. O IIA Brasil sempre apoia os profissionais e os órgãos fiscalizadores, que têm papel fundamental no combate à corrupção. Dessa forma, o Instituto contribui para a diminuição de atos danosos que causam prejuízos incalculáveis para a sociedade. Adotar uma atuação preventiva, priorizando a educação ao invés da punição, é um caminho a ser seguido.

 

A estrutura funcional das organizações é composta por inúmeros líderes de processos que permeiam desde a área produtiva (chão de fábrica) até a mais alta esfera da governança (conselhos). O líder máximo do sistema deve servir de exemplo para todas as lideranças da cadeia produtiva. Reputação ilibada é o mínimo que podemos esperar do líder máximo de uma instituição, seja ela pública ou privada.

 

Qualquer deslize que vier a público, cometido por um líder com intenções individualistas, pode comprometer drasticamente a continuidade e, consequentemente, a sobrevivência do negócio que ele foi escolhido para representar. Considerando que normalmente os subordinados seguem o líder máximo, essa escolha tem que ser bastante criteriosa para passar uma imagem de confiança para o seu público consumidor. Devemos ter preocupações redobradas ao escolher o líder máximo de uma organização.

 

Existem pessoas que têm um poder de persuasão imbatível para conseguir o que desejam, com o objetivo principal de saciar a própria sede de poder e ambição de ganhos financeiros.

Esse tipo de pessoa, que age nos bastidores para conseguir aliados e ser beneficiada na votação de sua escolha, tem a característica de agir com individualismo e não de forma coletiva. Com isso, certamente essa postura vai trazer consequências danosas no ambiente operacional e causar danos irreversíveis para as instituições.

 

Existem pessoas que têm capacidade de mentir com muita eficiência e utilizam uma metodologia de comunicação de convencimento rebuscada. Por Isso, na maioria das vezes, demoram anos para descobrir a verdade e os estragos causados no ambiente operacional.

 

Antes da escolha de um líder é fundamental pesquisar e até investigar se o candidato tem indícios de falta de caráter e possui comportamento ético duvidoso. Na esfera política cansamos de ver notícias envolvendo líderes, escolhidos pelo povo, sendo processados e até mesmo cassados por terem cometidos atos ilegais, contrariando as suas próprias promessas de campanhas. Na área privada também existem muitos casos de gestores de organizações, às vezes com atuação global, que perderam o cargo por terem agido de forma contrária aos desejos dos seus acionistas.

 

Vale lembrar que os auditores devem seguir os Princípios do Código de Ética do The IIA:

 

1- A integridade dos auditores internos estabelece crédito e, desta forma, fornece a base para a confiabilidade atribuída a seus julgamentos.

 

2- Os auditores internos exibem o mais alto grau de objetividade profissional na coleta, avaliação e na comunicação de informações sobre a atividade ou processo examinado.

 

3- Os auditores internos respeitam o valor e a propriedade das informações que recebem e não divulgam informações sem a autorização apropriada, a não ser em caso de obrigação legal ou profissional de assim procederem.

 

4 -Os auditores internos aplicam o conhecimento, habilidades e experiências necessárias na execução dos serviços de auditoria interna.

 

A ética diz respeito às atitudes que afetam a vida de pessoas e está presente no cotidiano da sociedade como um todo.  É o pilar que garante a integridade, seja na vida pessoal ou corporativa. É inaceitável em todas as profissões, especialmente ao auditor interno, transgredir o Código de Conduta regulamentado na sua entidade de classe. A data comemorativa do Dia Mundial da Ética representa uma oportunidade ímpar para refletirmos sobre a importância do combate à corrupção e eliminar o mal pela raiz.

 

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