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Recessão pandêmica iminente exige que a Auditoria Interna tome a frente

Recessão pandêmica iminente exige que a Auditoria Interna tome a frente
06/04/2020



A crise de saúde gerada pelo vírus COVID-19 grita através de manchetes diárias em todo o mundo. Ninguém negaria que o foco imediato deve permanecer sobre o combate e a derrota desse vírus insidioso. No entanto, o vírus também traz consequências econômicas potencialmente terríveis.

Uma pesquisa com economistas agora coloca as chances de uma recessão nos EUA em 80%, segundo a Reuters. Temo que mesmo esse número seja muito conservador. Independentemente da magnitude exata, ninguém pode contestar que o COVID-19 trará o impacto mais significativo, em mais de uma década, sobre nossa economia.

Considere que os mercados acionários dos EUA estão no ritmo de ter seu pior mês desde 1931. Isso significa que o mercado de ações em março de 2020 caiu mais do que qualquer mês anterior às recessões americanas de 1949, 1958, 1973, 1990, 2001 ou mesmo a Grande Recessão de 2007-2009. Mercados do mundo todo estão sofrendo impactos econômicos semelhantes. Na minha opinião, a conversa não é mais se estamos diante de uma recessão. Em vez disso, a questão é quão profunda será e quanto tempo durará?

Então, o que tudo isso tem a ver com auditoria interna? Tendo experimentado pelo menos seis recessões durante minha carreira, sei que as crises econômicas oferecem ameaças e oportunidades para a auditoria interna. As organizações que enfrentam pressões severas sobre os resultados costumam penalizar desproporcionalmente e tolamente a auditoria interna, fazendo cortes no orçamento e na equipe. Em 2009, por exemplo, 35% dos departamentos de auditoria interna da Fortune 500 perderam funcionários. Em um artigo de blog postado há apenas dois meses, avisei dessa possibilidade e pedi aos auditores internos que articulassem claramente seu valor a suas organizações antes da próxima recessão.

Agora, devemos voltar nossa atenção para demonstrar como a auditoria interna pode ajudar as organizações a enfrentar a crise econômica que se aproxima. Como profissão, temos o dever de "seguir os riscos". Quando a pressão sobre o resultado final (e, potencialmente, sobre a capacidade de sobrevivência da organização) se torna um risco primário, precisamos arregaçar as mangas e começar a trabalhar. Na sede global do The IIA, nossos recursos de auditoria interna concentram-se há quase duas semanas no exame do impacto fiscal de curto e longo prazo da pandemia sobre a organização.

Em 2009, o mundo vivia as profundezas da pior crise financeira dos últimos 70 anos, e os auditores internos se concentraram na identificação de reduções de custos. Voltei a uma pesquisa do The IIA do final de 2009 para ter uma perspectiva de onde eles obtiveram mais sucesso. Estas foram as cinco áreas:

  • Pagamentos a fornecedores.
  • Conformidade/administração de contratos.
  • Estrutura de controle/extensão do controle da organização.
  • Projetos de construção e capital.
  • Avaliação de receita.

No entanto, antes de iniciar esforços extensos nessas cinco áreas, faça o que é certo. Em 2010, a Harvard Business Review ofereceu conselhos em um artigo, "When You've Got to Cut Costs – Now". Os autores fizeram duas observações muito astutas:

"Primeiramente, esqueça de encontrar uma única ideia que mude radicalmente a estrutura de custos da sua organização ou departamento, na tentativa de resolver seu problema de uma só vez. (Se essa ideia existisse, provavelmente traria tanto risco que a organização nunca esteja disposta a implantá-la.) Em vez disso, planeje atingir sua meta com uma combinação de 10 ou mais ações."

"Em segundo lugar, o grau da disrupção organizacional causada por suas reduções geralmente será proporcional ao grau de corte que você faz."

Os autores forneceram essas ideias específicas para obter a forma mais fácil de reduzir 10% dos custos:

  • Execute as medidas adiadas de estruturação de equipe.
  • Reduza os gastos com o gerenciamento de departamentos.
  • Obtenha controle sobre gastos "diversos".
  • Paralise os aumentos salariais.
  • Reproponha ideias rejeitadas de economia de custos.

Nenhuma dessas ideias é radical ou nova, mas pode ser muito poderosa quando implantada rapidamente.

No entanto, é importante reconhecer que muitas ações de economia de custos podem impactar riscos futuros. Cortar os custos errados pode resultar em sujeitar a organização a riscos inaceitáveis no futuro. É necessário haver um equilíbrio entre as reduções de custos necessárias e o gerenciamento de riscos eficaz daqui para frente (por exemplo, controles internos suficientes sobre contratos e fornecedores).

O objetivo deste artigo é estimular os auditores internos a tomarem medidas agora em resposta ao imperativo iminente de reduzir custos. Encorajo todos os departamentos de auditoria interna a iniciar imediatamente um diálogo com a gestão e o comitê de auditoria sobre os riscos emergentes que uma recessão pode trazer. Aborde a conversa com ideias sobre como a auditoria interna pode ajudar agora e no futuro.

A atual crise da saúde não tem precedentes nos tempos modernos. A auditoria interna será testada mais uma vez para provar seu valor, identificando e respondendo aos riscos trazidos pela pandemia, de maneira a apoiar a organização da melhor forma. Este não é um "projeto" de curto prazo para a auditoria interna. De fato, os riscos relacionados provavelmente continuarão até o próximo ano e mudarão drasticamente ao longo desse tempo. Isso exigirá que a auditoria interna continue ágil, adaptativa e responsiva. Nossas organizações merecem nada menos que isso.

Aguardo suas ideias sobre como a auditoria interna pode ajudar as organizações a enfrentar pressões sobre seus resultados.

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