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As respostas iniciais à pandemia não alavancaram a Auditoria Interna

As respostas iniciais à pandemia não alavancaram a Auditoria Interna
19/04/2020



No artigo do blog da semana passada, defendi que os auditores internos intensificassem e demonstrassem seu valor antes da recessão iminente. Uma nova pesquisa Quick Poll realizada pelo Audit Executive Center (AEC) do The IIA, que examinou como as organizações têm reagido ao COVID-19, pinta um cenário decididamente misto do papel da auditoria interna no período desde que a Organização Mundial da Saúde classificou a doença como pandemia.

Enquanto a maioria dos chefes executivos de auditoria entrevistados reportou que, agora, estão envolvidos nas respostas de suas organizações ao coronavírus, 37% disseram que deveriam ter sido envolvidos mais cedo para discutir os riscos e possíveis respostas. Apenas um pouco mais dos participantes — 43% — consideraram ter sido envolvidos tempestivamente.

Foi encontrada uma correlação clara entre o tamanho da função de auditoria interna e a tempestividade com que foram envolvidas. Os entrevistados de funções menores de auditoria interna expressaram o maior nível de preocupação, com quase metade (48%) dizendo não ter sido envolvidos tempestivamente. As preocupações expressas sobre a tempestividade do envolvimento diminuíram progressivamente para funções maiores, com os entrevistados das maiores (mais de 26 funcionários) expressando a menor preocupação (23%).

Não surpreendentemente, as organizações se concentraram inicialmente na avaliação de impactos imediatos. De acordo com o relatório Quick Poll:

  • Estratégia: As respostas estratégicas iniciais foram focadas na avaliação do impacto a curto prazo (78%) e na comunicação com o conselho (72%).
  • Finanças: Entre os entrevistados na pesquisa, quatro em cada 10 disseram que suas organizações fecharam instalações, exploraram reduções de custos a curto prazo ou reduziram suas operações.
  • Foco no Funcionário: Quase todos os entrevistados disseram que suas organizações implantaram o regime de trabalho remoto para os funcionários (96%). E embora as viagens tenham sido severamente limitadas desde que a pesquisa rápida foi realizada há uma semana, na época, sete em cada 10 disseram ter limitado as viagens e quase cinco em cada 10 disseram que as viagens foram canceladas.
  • Foco no Cliente: Muitas organizações desenvolveram uma estratégia de comunicação para os clientes (82%), mas menos da metade afirmou ter desenvolvido novas políticas para a saúde e a segurança do cliente.

Embora as conclusões sobre a tempestividade do envolvimento da auditoria interna sejam preocupantes, a pesquisa também fornece dados que sugerem que existem oportunidades para a auditoria interna oferecer apoio contínuo por meio de conhecimentos e previsão. Por exemplo, apenas cerca da metade dos entrevistados (51%) reportou que suas organizações haviam realizado uma avaliação detalhada do impacto a longo prazo e menos da metade (45%) reportou uma revisão dos planos estratégicos com a gestão. Essas duas áreas serão significantes conforme as organizações do mundo todo gerenciam os riscos contínuos relacionados ao COVID-19 e à turbulência econômica.

Outra métrica de dados identifica uma oportunidade abordada no artigo do blog da semana passada. Embora muito do que escrevi tenha como foco o apoio da auditoria interna para reduções de custos de curto prazo antes de uma crise econômica, o artigo incluiu uma advertência importante:

No entanto, é importante reconhecer que muitas ações de economia de custos podem impactar riscos futuros. Cortar os custos errados pode resultar em sujeitar a organização a riscos inaceitáveis no futuro. É necessário haver um equilíbrio entre as reduções de custos necessárias e o gerenciamento de riscos eficaz daqui para frente (por exemplo, controles internos suficientes sobre contratos e fornecedores).

A pesquisa rápida constatou que apenas 25% das organizações exploraram estratégias de redução de custos a longo prazo. Isso representa outra oportunidade para a auditoria interna fornecer uma previsão que ajude a moldar como suas organizações planejarão a recuperação e acelerarão a produção quando a pandemia desaparecer.

Embora a pesquisa tenha sido realizada pelo AEC, os resultados estão disponíveis para qualquer pessoa. Os entrevistados eram da América do Norte (EUA e Canadá), mas acredito que nossas descobertas forneçam dados importantes de benchmarking aplicáveis a organizações essencialmente em qualquer lugar. Encorajo todos os meus leitores a dar uma olhada no relatório. Ele e vários outros recursos valiosos estão disponíveis agora no novo COVID-19 Resource Exchange do The IIA, em nossos sites da América do Norte e Global.

Como sempre, aguardo seus comentários.

 

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