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Building a Better Auditor: Combatendo os Vieses Comportamentais

Building a Better Auditor: Combatendo os Vieses Comportamentais
30/01/2025



Auditores podem melhorar a qualidade e a imparcialidade do seu trabalho ao estarem cientes dos vieses comportamentais e adotarem medidas para evitá-los.

Na profissão de auditoria, a objetividade e a imparcialidade são qualidades altamente valorizadas. No entanto, sob a superfície da análise lógica, há uma complexa rede de psicologia humana. As constatações dos auditores podem ser afetadas por vieses cognitivos, que são atalhos mentais que distorcem a realidade e prejudicam o julgamento. Para garantir que estejam agindo de forma objetiva e imparcial, os auditores devem estar cientes de certos vieses comportamentais. Vamos nos aprofundar em algumas das variáveis invisíveis que afetam os resultados da auditoria.

O viés de confirmação é, sem dúvida, o viés cognitivo mais predominante na prática de auditoria. Eu ousaria dizer que é o calcanhar de Aquiles dos auditores internos. Ele se manifesta como uma propensão a buscar ativamente, avaliar e se apegar a materiais que apoiam ideias ou opiniões preexistentes, enquanto minimiza ou desconsidera propositalmente evidências contrárias. O viés de confirmação pode fazer com que os auditores ignorem involuntariamente sinais de alerta ou teorias concorrentes, em favor de informações que confirmem suas suposições. Para neutralizar esse viés, os auditores deveriam procurar ativamente fatos contraditórios, fazer um esforço para permanecer intelectualmente humildes e estar preparados para questionar suas próprias suposições.

O viés de ancoragem é outro viés cognitivo predominante que influencia significativamente os julgamentos de auditoria, distorcendo a forma de fazer a avaliação dos dados numéricos. Os auditores podem, sem perceber, basear seus julgamentos em pontos de referência iniciais, mesmo que sejam arbitrários ou sem importância. Esses pontos de referência tornam-se “âncoras” das quais os auditores não conseguem se afastar. Por exemplo, uma estimativa inicial de desempenho financeiro pode se tornar uma âncora sobre a qual o auditor inadvertidamente baseia avaliações posteriores. Para combater o viés de ancoragem, os auditores deveriam entrar em cada sessão de auditoria com a mente aberta. Além disso, devem avaliar rigorosamente a aplicabilidade e a veracidade de todos os dados disponíveis e abster-se de atribuir peso indevido a pontos de dados preliminares.

A heurística da disponibilidade, um atalho cognitivo baseado na rapidez com que os casos vêm à mente, pode fazer com que os auditores exagerem a frequência de incidentes que são vívidos, recentes ou com carga emocional. No contexto de uma auditoria, a heurística da disponibilidade pode fazer com que os auditores supervalorizem eventos ou riscos de alto perfil ou sensacionalistas, deixando de lado riscos menos evidentes, mas não menos importantes. Os auditores podem adotar uma abordagem mais equilibrada e baseada em evidências à avaliação de riscos, ao estarem intencionalmente cientes da influência da heurística da disponibilidade. Esse método considera tanto a frequência dos riscos descobertos quanto o seu impacto potencial.

O viés do excesso de confiança, ou a propensão a superestimar os próprios conhecimentos, habilidades ou talentos, é um impedimento significativo à objetividade da auditoria. O viés do excesso de confiança ocorre quando os auditores têm um senso equivocado de convicção sobre a exatidão ou a minúcia das suas constatações de auditoria. Esse viés pode fazer com que os auditores ignorem quaisquer erros ou omissões em seu trabalho, colocando em risco a qualidade e a confiabilidade dos resultados da auditoria. Para reduzir o viés do excesso de confiança, os auditores deveriam manter um ceticismo saudável, questionando suposições, solicitando feedback de colegas e realizando testes de validação extensivos durante todo o processo de auditoria.

A compreensão da dinâmica social de uma organização também pode fornecer um contexto importante para as decisões de auditoria. Por exemplo, o viés do pensamento de grupo ocorre quando os auditores priorizam a concordância e a conformidade em detrimento de uma avaliação crítica de pontos de vista concorrentes. Os auditores podem se sentir pressionados por seus colegas a se integrarem ou respeitarem figuras de autoridade, o que os deixa hesitantes em expressar opiniões contrárias ou questionar o senso comum. Encorajar a comunicação aberta, o debate construtivo e a diversidade de opiniões pode ajudar as organizações a reduzir o risco do viés de pensamento de grupo e fornecer resultados de auditoria mais confiáveis.

Esses são apenas alguns dos vieses cognitivos que podem influenciar os julgamentos de auditoria. Os auditores podem reduzir sua influência e melhorar a qualidade e a imparcialidade de seu trabalho, se estiverem mais conscientes desses vieses e adotarem medidas proativas para combatê-las. Incorporar conceitos de ciência comportamental em programas de treinamento e métodos de auditoria pode ajudar os auditores a desenvolver as habilidades de raciocínio crítico e a autoconsciência necessárias para navegar na inter-relação entre a psicologia e a prática de auditoria. Por fim, ao adotar como prática a identificação e a correção dos vieses comportamentais, os auditores podem cumprir o seu papel crucial como protetores da integridade, da confiança e da responsabilidade nas organizações que eles representam.

Hassan Khayal, DBA, CIA, CRMA, CFE
Hassan Khayal é chefe de auditoria interna na Mohamed bin Zayed University of Artificial Intelligence nos Emirados Árabes Unidos, e um dos Líderes Emergentes de Auditoria Interna de 2020.

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Este documento foi traduzido por INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL em Janeiro DE 2025.

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