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COVID-19 exige eficácia do Comitê de Auditoria: 6 recomendações

COVID-19 exige eficácia do Comitê de Auditoria: 6 recomendações
18/08/2020



Foram muitos os desafios às empresas e à sociedade criados pela maior crise de saúde do século. Cada dia traz uma nova reviravolta na forma como a pandemia do COVID-19 afeta nossa segurança, interações, negócios, política e segurança.

No entanto, esse flagelo implacável pode oferecer um benefício significante: aumentou o foco sobre a governança e a prestação de contas, exigindo que as organizações analisem longamente a maneira como operam, sejam grandes ou pequenas, complexas ou simples. Esse exame — um pouco de autoconhecimento organizacional, digamos — ajuda a identificar desperdícios, aprimorar as missões principais, acelerar a adoção de novas tecnologias e, o mais importante, entender melhor como nos governamos.

Com isso em mente, o IIA e a International Federation of Accountants (IFAC) uniram-se para produzir uma ferramenta importante para os comitês de auditoria, conforme o mundo navega por esses tempos de transformação. O documento Six Recommendations for Audit Committees Operating in the “New Normal” fornece informações e orientações importantes para os membros do conselho para se adaptarem ao mundo pós-COVID.

Com meu colega da IFAC, o CEO Kevin Dancey, nossa mensagem conjunta aos comitês de auditoria é clara e vital. Do relatório:

Os comitês de auditoria devem ser vigilantes, ágeis, disciplinados e engajados. Isso permitirá a eles um entendimento tempestivo e coerente do ambiente operacional em constante evolução e demonstrará confiança em seus relatórios, divulgações e conformidade com as expectativas regulatórias, legislativas e éticas.

As seis recomendações foram elaboradas para otimizar o papel do comitê de auditoria na governança, supervisão e criação de valor a longo prazo. Conforme o relatório aponta, essas expectativas não são novas, mas a maneira e a urgência com que atingimos esses objetivos ganharão uma importância adicional no futuro próximo.

O relatório fornece recomendações do comitê de auditoria para seis áreas principais de responsabilidade: mantendo-se informado, comunicando e colaborando, alavancando a expertise disponível, promovendo a melhoria contínua, pensando holisticamente e adotando a tecnologia.

Do ponto de vista da auditoria interna, os chefes de auditoria devem examinar essas recomendações e pensar em como podem ajudar seu comitê de auditoria a melhorar em cada área. Todos dependem do estabelecimento e nutrição de um relacionamento colaborativo, aberto e honesto com o comitê de auditoria.

Mantendo-se informado. Os comitês de auditoria devem ter uma visão e entendimento claros das áreas de risco, e a auditoria interna deve apoiar isso, prestando avaliações de riscos tempestivas. Em um mundo pós-COVID, essas avaliações serão mais frequentes e possivelmente contínuas.

Comunicando e colaborando. Os comitês de auditoria têm um amplo e crescente conjunto de responsabilidades de supervisão, portanto, o alinhamento com as prioridades do corpo administrativo é fundamental. A perspectiva empresarial da auditoria interna pode ajudar os comitês de auditoria a permanecer alinhados com as prioridades do corpo administrativo e ajudá-los a se manterem informados sobre questões que demandem atenção.

Alavancando a expertise disponível. Manter-se totalmente informado sobre as respostas da alta administração aos riscos, novos e antigos, é uma tarefa fundamental e desafiadora para os comitês de auditoria. A auditoria interna é uma das diversas áreas de expertise das quais o comitê de auditoria depende para gerenciar essa supervisão. A auditoria interna deve não só prestar avaliação e assessoria independentes e objetivas sobre o quão bem o C-Suíte está gerenciando os riscos existentes, mas também fornecer informações e previsões sobre a capacidade da gestão de antecipar e gerenciar riscos futuros.

Promovendo a melhoria contínua. O gerenciamento eficaz de riscos deve levar em conta as mudanças nas circunstâncias e a evolução dos riscos. Alimentar uma mentalidade de melhoria contínua da resposta ao risco, de maneiras que incentivem a inovação e a criação de valor, se tornará o "novo normal" para organizações de sucesso. A auditoria interna deve oferecer aos comitês de auditoria avaliação, assessoria e conhecimentos que apoiem uma mentalidade de melhoria contínua.

Pensando holisticamente. A crise do COVID-19 está levando as organizações a evoluir seu pensamento e melhorar o planejamento, as operações e o reporte. Isso torna o trabalho da auditoria interna especialmente importante, pois deve fornecer aos comitês de auditoria uma visão abrangente do gerenciamento de riscos e da governança geral. Isso inclui cada vez mais questões que envolvam sustentabilidade, cultura, tecnologia, ética e criação e preservação de valor.

Adotando a tecnologia. A pandemia forçou uma revolução no trabalho remoto, que provavelmente continuará sendo parte do mundo pós-COVID. Em todos os níveis, as organizações terão que adaptar processos para dar conta da distância e do isolamento, e terão que depender da tecnologia para fazer isso. Isso é especialmente verdade para o trabalho da auditoria interna. Avaliar processos antigos à distância, bem como avaliar novos processos remotos, será um dos maiores desafios da profissão após o COVID. O uso eficaz da tecnologia será crítico. Os stakeholders da auditoria interna em todos os níveis exigirão — e absolutamente merecem — que não haja redução em nossos serviços.

Embora essas seis recomendações estejam focadas no comitê de auditoria, elas podem e devem ser aplicadas em todos os níveis da organização. Elas incentivam a colaboração e desencorajam as mentalidades de silo.

É irônico que, mesmo a crise atual tendo nos empurrado para dentro de um universo físico limitado e isolado, ela também tenha expandido nossas percepções de gerenciamento de riscos eficaz. Ela afirmou que a comunicação, a colaboração, a tecnologia e a melhoria contínua fortalecem nossas organizações. Mostrou como o compromisso com uma governança sólida cria valor sustentável a longo prazo.

Como sempre, aguardo seus comentários.

Divulgação:

Richard F. Chambers, presidente e CEO do Global Institute of Internal Auditors, escreve artigos semanais para um blog da InternalAuditor.org sobre assuntos e tendências relevantes para a profissão de auditoria interna.

Este artigo foi reproduzido do InternalAuditor.org com permissão do Instituto de Auditores Internos, Inc. traduzido do inglês para o português.

                       

Tradução IIA Brasil

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