Aviso Site sobre uso de Cookies:

A proteção dos dados pessoais é importante para o IIA Brasil. Usamos cookies para analisar o tráfego do site e assim melhorar os nossos serviços. A continuação do uso do nosso site, sem alterar as configurações do seu navegador, confirma a sua aceitação desses cookies.
Para mais informação, consulte a nossa política de cookies.


CONCORDO, continuar...

HOME > Notícias > On the Frontlines: Auditoria Interna e Recursos Humanos

On the Frontlines: Auditoria Interna e Recursos Humanos

On the Frontlines: Auditoria Interna e Recursos Humanos
07/08/2024



As organizações são responsáveis por respeitar os direitos humanos na sua esfera de influência.

Na atualidade, algumas organizações têm mais poder do que muitos países. Se a única tarefa destas organizações continuar sendo a tomada de decisões com base no lucro e na relação custo-benefício, há um enorme risco de abuso e de danos para o ambiente e para os direitos humanos.


Em uma situação hipotética, a sociedade pode ficar vulnerável se não houver mecanismos ou forças que impeçam organizações tão poderosas de discriminar os trabalhadores, manipular os consumidores, envolver-se excessivamente na política e causar danos às comunidades. É essencial o compromisso das organizações não governamentais, dos governos, das organizações internacionais, da gestão, dos acionistas e do conselho de administração quanto a tomar medidas para proteger o ambiente e a sociedade.


Dessa forma, as organizações são responsáveis por respeitar os direitos humanos dentro da sua esfera de influência e assegurar que as suas atividades comerciais não os infrinjam, protegendo, respeitando e remediando os direitos humanos, e informando sobre questões relacionadas, de acordo com as suas responsabilidades.


Os direitos humanos abrangem uma vasta gama de direitos básicos, como a liberdade física, a ausência de punições ou discriminações injustas, proteção igualitária perante a lei, a liberdade de religião e de emprego, e o acesso a cuidados de saúde, alimentação, vestuário, habitação e educação adequados.


Realizar uma avaliação baseada em riscos para ajudar a garantir a adequação do framework de reporte de direitos humanos de uma organização é uma tarefa que pode ser da responsabilidade da auditoria interna, dependendo da organização. Para incluir considerações sobre os direitos humanos no plano de auditoria interna, a auditoria interna conduz uma avaliação quantitativa e qualitativa dos riscos e identifica as áreas onde os impactos dos riscos sobre os direitos humanos são mais graves. A auditoria interna pode também relacionar os riscos críticos identificados em matéria de direitos humanos a objetivos e processos específicos de negócios. Se a avaliação desse framework for da competência de outra função de controle, a auditoria interna pode atuar como consultora.


A auditoria interna pode avaliar a adequação e a eficácia das políticas e procedimentos da organização relacionados com os direitos humanos. Ela também deveria identificar, avaliar e analisar se a organização tem um framework de reporte que estabeleça expectativas claras para a divulgação corporativa e promova a melhoria da prestação de contas quanto aos direitos humanos. A maioria das organizações não terá seu próprio framework, mas adotará um existente, como a Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas. O framework pode ser usado como uma ferramenta que:


•    Oriente as conversas que a organização deveria ter com os stakeholders internos e externos para identificar seus direitos, responsabilidades e riscos relacionados com os direitos humanos.
•    Mensure o desempenho da organização e promova melhorias relacionadas com os direitos humanos.


Para ser eficaz, o framework de reporte dos direitos humanos de uma organização deveria representar os impactos reais e potenciais mais graves sobre os direitos humanos, associados às suas atividades e relações comerciais. O framework deveria permanecer relevante e refletir os riscos aos direitos humanos conforme as atividades, contextos operacionais e relações de negócios da empresa mudam.


Além disso, a auditoria interna deve avaliar se as informações reportadas pela organização são exatas, focadas e significativas para os acionistas e outros stakeholders.


A esfera de influência de uma organização se estende além de sua folha de pagamento e abrange stakeholders que incluem fornecedores, parceiros, clientes e as comunidades afetadas pela presença física da organização.


As organizações que não abordam os riscos de direitos humanos podem enfrentar batalhas legais e boicotes por não respeitarem os direitos dos trabalhadores, dos consumidores e dos membros da comunidade em geral.


Milaim Abduraimi, CIA, CIPFA  -  É chefe da divisão de auditoria interna da Agency for Audio and Audiovisual Media Services em Skopje, Macedônia do Norte.

Copyright © 2024 de The Institute of Internal Auditors, Inc. (“The IIA”).  
Todos os direitos reservados.  
   
Foi obtida permissão do detentor dos direitos autorais, The IIA, 1035 Greenwood Blvd., Suíte 401, Lake Mary, FL 32746, EUA, para publicar esta reprodução, que é igual ao original em todos os aspectos materiais, a menos que aprovada como alterada. 
   
Este documento foi traduzido por INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL em AGOSTO DE 2024.

Receba nossa newsletter