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On The Frontlines: Quando Envolver o Conselho no Risco de Cibersegurança

On The Frontlines: Quando Envolver o Conselho no Risco de Cibersegurança
23/11/2022



Publicado em 1º de novembro de 2022, por Milaim Abduraimi

O conselho de administração deve entender e estar ciente dos principais riscos relacionados a ciberataques.

Muitos fatores mudaram o cenário de riscos com que as organizações estão lidando, e entre os principais estão as mudanças na tecnologia. Alguns exemplos de riscos relativos à tecnologia que as empresas encaram incluem a proliferação de tecnologia, o fenômeno do big data e a maior variedade de dados em geral, o número de dispositivos que podem ser conectados e utilizados em trocas de dados, acesso digital exigido por terceiros ou outros stakeholders externos e, sem dúvida, o maior desafio — ciberataques.

Não restam dúvidas de que a cibersegurança é um risco importante a ser considerado pelas organizações atualmente. Imagine um ciberataque contra os principais processos automatizados de sua organização, que deixe seus sistemas inoperantes e interrompa a infraestrutura crítica e os serviços vitais? E se os cibercriminosos capturarem dados relacionados a funcionários, propriedade intelectual, qualidade e segurança dos produtos, planejamento estratégico ou dados financeiros e pedirem uma grande quantia para impedir que os dados sejam publicados ou destruídos? Há muitas maneiras pelas quais os ciberataques podem acontecer e destruir organizações.

Naturalmente, nem todas as organizações são iguais, nem enfrentam ou toleram o mesmo risco. As organizações devem estabelecer seus objetivos, identificar os riscos internos e externos que enfrentam para atingir esses objetivos e estabelecer planos – com base na avaliação de riscos – para orientar os esforços para alcançá-los.

A governança eficaz exige que o conselho de administração identifique e gerencie todos os riscos ao definir metas e estratégias. Portanto, o conselho de administração deve entender e estar ciente dos principais riscos relacionados aos ciberataques. O conselho de administração e a alta administração são os responsáveis finais pelo gerenciamento eficaz dos riscos de cibersegurança e pela tomada de medidas para mitigar os mesmos riscos. Além disso, para ser eficaz, o gerenciamento de riscos deve permitir que os riscos de cibersegurança sejam capturados e comunicados em tempo hábil em toda a organização.

O conselho, a alta administração e os stakeholders precisam dos serviços independentes, objetivos e competentes de avaliação da atividade de auditoria interna, para verificar se os controles das operações de cibersegurança são bem projetados e executados com eficiência. Embora a função tenha um papel muito importante no gerenciamento de riscos, a auditoria interna, assim como o risco, é muitas vezes mal compreendida. A profissão, às vezes, tem sido vista de forma negativa, muitas vezes vista como um órgão de policiamento que prefere pegar alguém fazendo algo errado do que trabalhar proativamente para ajudar. A auditoria interna pode ajudar a organização alertando a gestão sobre novos riscos de cibersegurança, bem como riscos de cibersegurança que não tenham sido devidamente mitigados, e fornecendo recomendações para uma resposta adequada aos riscos. Para poder ajudar as organizações a lidar com a cibersegurança, a auditoria interna precisa garantir que haja recursos, conhecimentos, habilidades e competências suficientes relacionados às tendências em tecnologia da informação e cibersegurança.

Quando a gestão captura e comunica tempestivamente os riscos significativos relacionados à cibersegurança em toda a organização e emprega políticas, processos, ferramentas e pessoal para garantir que os recursos de informação de uma organização sejam devidamente protegidos contra muitos tipos de ataques, a auditoria interna deve avaliar a adequação e pontualidade da resposta ao risco. A auditoria interna também deve determinar se a aceitação dos riscos de cibersegurança está de acordo com o apetite/tolerância a risco da organização e se é comunicada em toda a organização.

Os riscos de ataques como ransomware, phishing, hacking, ameaças internas e vazamento de dados – dependendo da importância e da sensibilidade dos dados – podem ser muito perigosos e ter um enorme impacto nas organizações. Quando as observações do trabalho de auditoria mostrarem a falta ou fraqueza dos controles contra esses riscos, e quando o risco puder prejudicar seriamente a organização, o CAE deve agir imediatamente e comunicar oralmente a observação ou informação à alta administração e ao conselho. A equipe de auditoria pode, então, preparar um relatório provisório. No entanto, antes de comunicar a observação "perigosa" à alta administração e ao conselho, a equipe de auditoria deve primeiro se comunicar com a parte que conhece e é responsável pela atividade sob revisão.

Dependendo da magnitude dos riscos, alguns exemplos de controles fracos de cibersegurança incluem a falta de um software antivírus e de proteção contra malware; uma incapacidade de recuperar dados; falta de firewalls de rede e segurança de acesso a dados; e falta de software de criptografia para uso de dispositivos de armazenamento portáteis.

Caso os gerentes responsáveis pela implantação de ações corretivas relacionadas a uma observação de auditoria não estejam tomando medidas quanto ao risco – e caso seja inaceitável de acordo com o apetite a risco da organização –, o caso deve ser escalado para o conselho de administração.
 

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Este documento foi traduzido por INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL em 07 DE NOVEMBRO DE 2022.

 

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