Portal Dedução - Estudo aponta níveis de vigilância contra fraudes no Brasil
18/10/2019
Uma análise minuciosa sobre os processos de enfrentamento a fraudes no ambiente corporativo brasileiro, foi apresentada nesta quinta-feira (17/10), em São Paulo, a partir da pesquisa denominada ‘Vigilância contra fraudes no Brasil – Estruturas de combate e tratamento a incidências”, promovida em parceria do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil), com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e com a Associação de Examinadores Certificados de Fraudes do Brasil (ACFE Brasil).
O estudo aborda, a partir de levantamento realizado com 113 organizações que atuam no País, a evolução da adoção de estruturas de controles internos, compliance, governança e gestão de riscos de fraudes, bem como os desafios para o fortalecimento dessas práticas.
O dossiê mostra, por exemplo, que 90% das entrevistadas possuem algum sistema de investigação de fraudes e que 69% delas identificaram irregularidades ou desvios de condutas nos últimos quatro anos. “A pesquisa demonstra um avanço importante no tocante ao combate à corrupção, realizado por órgãos de controles como auditoria interna, comitê de auditoria e por recursos como canais de denúncia. Porém, ao olhar para frente, ainda há muito a evoluir e é necessário que as empresas invistam continuamente no fortalecimento de suas áreas de governança”, comenta Antônio Edson, diretor do IIA Brasil.
Os resultados confirmam ainda que para 56% das participantes, a velocidade de resolução de fraudes no país ocorre em até três meses. Além disso, uma entre quatro entrevistadas já foi autuada por conta de alguma legislação punitiva, principalmente pela Lei Anticorrupção. Das 113 companhias quase metade (45%) possui receita anual acima de R$ 1 bilhão.
O painel de debates que apresentou os dados do estudo contou com a presença de Antônio Edson, diretor do IIA Brasil; Claudio Peixoto, presidente ACFE Brasil; Renato Santos, doutor e autor de artigos científicos sobre fraudes e Luciana Bacci, coordenadora do IBGC e diretora de riscos da Serasa Experian.
Notícia publicada no site Portal Dedução